Sindasp-RN faz ofício à Seap cobrando explicações sobre Diárias Operacionais
O Sindasp-RN
informa aos Policiais Penais do Rio Grande do Norte que apresentou um ofício na
Secretaria da Administração Penitenciária cobrando informações sobre a
suspensão das Diárias Operacionais, bem como ressaltando a legalidade dessa
modalidade de serviço.
A medida foi
adotada após o secretário Pedro Florêncio comunicar o cancelamento do pagamento
das DOs em decorrência de o Ministério Público ter instaurado Inquérito Civil.
No entanto, o
Sindasp-RN lembrou à Seap que existe uma Portaria nº 0763/2016/GS/SEJUC, datada
de 30 de dezembro de 2016, que dispõe sobre o ordenamento jurídico
administrativo, por isso, o secretário não deve suspender informalmente, um Ato
Administrativo já consolidado, juridicamente perfeito, pois há uma segurança
jurídica de que o desfazimento unilateral do Ato viola elementos do Ato
Administrativo, qual seja, competência.
O Sindasp-RN
sustenta isso porque a Diária Operacional decorre de Lei específica. Além
disso, o Policial Penal faz jus, por força do Estatuto da Carreira, Lei Complementar
nº 566 de 19 de janeiro de 2016, ao pagamento das horas trabalhadas que excedem
160 horas mensal. Então, na conformidade do princípio da legalidade, a suspensão
de pagamento de horas extras não se opera por Ato Executivo.
Minuta de
reestruturação
A diretoria
do Sindasp-RN destaca ainda que, na manhã desta segunda-feira, 18, esteve acompanhando
o andamento do impacto financeiro da reforma estatutária. O estudo foi
concluído no final da tarde e encaminhado para a Secretaria de Administração.
"Amanhã
estaremos na Secretaria da Administração Penitenciária para cobrar que o secretário
informe quais ações serão tomadas para reverter a situação das Diárias, bem
como vamos solicitar ao Governo do Estado reunião para tratar sobre a minuta de
reestruturação, já que o impacto ficou pronto", explica Vilma Batista.
A presidente
do Sindasp-RN pede que os Policiais Penais fiquem mobilizados e atentos aos
comunicados e chamados do sindicato.
"Pedimos
que a categoria fique atenta às convocações tanto sobre essa questão das DOs
quanto sobre o andamento da minuta de reestruturação. A luta não é fácil e não
aceitaremos nenhuma retirada de direitos. Iremos lutar na esfera administrativa
e judicial, se for preciso, bem como no enfrentamento como sempre fizemos",
comenta.